segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Pelourinho da Sanguinheda recuperado

Foi finalmente recuperado e recolocado num dos largos da Sanguinheda o fuste original do pelourinho da Sanguinheda. O primitivo terá sido erguido em inícios do séc. XVI, quando a Sanguinheda era então a sede das funções comunais, pois que a partir de 2 de Novembro de 1513 o rei D. Manuel I lhe deu carta de foral e passou a ser sede de concelho, abrangendo também a Carapinha, Moita da Serra e Lufreu. Ali estava o pelourinho e a casa da câmara, onde tinha assento o juiz, o vereador, o escrivão da câmara e outro do judicial e órfãos.
Quando em 2001 foi publicada na internet uma foto do que restava do fuste, estava a servir de suporte à trave de uma casa da povoação e terá sido surpresa para a população em geral a sua existência. Desde então, vários anseavam pela sua recuperação, agora tornada possível. Parabéns pela recuperação do nosso Património.

5 comentários:

  1. Há coisas que fazem parte do sentimento comum de um povo, coisas que herdamos e que, apesar de serem de todos, as sentimos como se fossem DE CADA UM DE NÓS PESSOALMENTE, apesar de serem de todos.

    É o caso dos monumentos ou de espaços e objectos comuns de uma terra: a NOSSA igreja matriz, a NOSSA capela, o NOSSO miradouro, a NOSSA casa de convívio, o NOSSO órgão de tubos, a NOSSA comissão, o NOSSO santuário do Mont'Alto, a NOSSA universidade, o NOSSO castanheiro centenário, enfim, a NOSSA terra.

    E também o NOSSO (vosso, neste caso, que sou de fora) pelourinho.
    São símbolos daquilo que somos! São quase uma parte de nós!

    Qual é o arganilense que não sente um ardor especial no coração ao contemplar, ao vivo, o foral de Arganil? Ou a colecção de pesos e medidas que o rei ofereceu a Arganil juntamente com o foral? Ou a imagem do Menino Jesus do Senhor da Ladeira?

    Se alguma destas coisas desaparecesse, se fosse tragicamente destruída, sentíamo-nos como se nos tivessem cortado um bocado. O roubo, por exemplo, da imagem principal do santuário da nossa terra e da nossa devoção é muito mais do que um roubo material: é uma dor de alma, já para não falar da ofensa ao sentimento religioso.

    Por isso é natural o empenho que todos puseram em recuperar o pelourinho. E, mesmo que esteja incompleto, ESTÁ LÁ, e isso tem todo o valor!

    Segui o link para a foto onde aparecia o pelourinho a segurar uma trave na loja de uma casa: eu não sou da terra, mas doeu-me a alma, e a sério! Era degradante!

    Por isso PARABÉNS ÀS GENTES DA SANGUINHEDA pelo bom trabalho que fizeram. É um trabalho físico, prende-se com um objecto material (de pedra...) mas é muito mais do que algo físico: é um trabalho espiritual, tem a ver com a alma de um povo!

    Não é algo que dê dinheiro, mas ninguém duvide que é vital. Uma vez mais, «nem só de pão [nem dinheiro] vive o homem».

    Parabéns!

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  2. João Pedro Portugal Sousa25 de outubro de 2009 às 22:41

    É com imenso gosto e prazer que vejo o Pelourinho da Sanguinheda recuperado e recolocado num dos seus largos.
    Tendo sido vila e sede do Concelho entre 1513 e 1836 a sua jurisdição abrangia lugares da actual freguesia de São Martinho da Cortiça e a freguesia da Carapinha, chegando a ter em 1801 "apenas" 347 habitantes.
    Por tudo isto os seus habitantes bem merecem e estão de parabéns pela luta e perseverança que mantiveram até ver a obra concluída.
    Não posso também esquecer que sem a ajuda do actual executivo da Junta de Freguesia a obra taria sido bem mais difícil de executar.
    A todos a Freguesia de S. Martinho por certo ficará agradecida.
    João Pedro Sousa

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  3. Jose Pinheiro Lourenço11 de agosto de 2010 às 01:59

    Sou nascido na Sanguinheda e a 52 anos de lá sai ainda criança.Tambem eu aqui do Brasil parabenizo os comterraneos.Em tempo, sou neto do Albino da Costa e primo da Rosa Pinheiro aí residente.
    Jose Pinheiro Lourenço.
    e-mail jlpinheiro12@yahoo.com.br

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  4. Gosto muito de ler e ver comentários e fotografias da Sanguinheda. Tenho grandes recordações das minhas férias em Agosto, altura da festa. Fui mordoma durante dois anos.
    Tenho pena de não poder dar aos meus filhos aquela experiência de vida. Andar pela "terra" por onde conhecemos toda a gente e dizemos bom dia a todos.
    Um bem haja para todos

    Sandra Pombo
    (Neta de Herminia Almeida dos Anjos Marques e José Marques (O rato, alcunha que o meu avô detestava)

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  5. A Sanguinheda deixa-me muitas saudades.
    Recordo a festa e os anos em que fui mordoma.
    Tenho pena de os meus filhos não poderem viver/sentir aquilo que todos os da minha geração sentiram.... as raízes.
    Um bem haja para todos os que "sentiram" e "sentem" a Sanguinheda.
    Sandra Pombo
    Neta de Herminia Almeida dos Anjos Marques e José Marques (o Rato, alcunha que o meu avô detestava)

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